sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

GELADO QUENTE E FRIO


3 PACOTES DE NATAS
1 LATA DE LEITE CONDENSADO
2 COLHERES DE AÇUCAR
1 PACOTE DE BOLACHAS COM PEPITAS DE CHOCOLATE

Bater as natas com o açucar, adicionar o leite condensado e por fim as bolachas grosseiramente esmagadas. Vai ao congelador.
quando servir regar com uma calda de chocolate quente (1 barra de chocolate derretida em banho maria)

sugestão de calda chocolate: 1 chávena leite, 1 colher sopa manteiga, 3 colheres cacau amargo e meia chavena de açucar - levar a lume brando até engrossar (+ou- 30 min)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Fajâ São João




A Fajã de São João é maior fajã da costa sul do concelho da Calheta da ilha de São Jorge. Pertence à freguesia do Topo.Hoje a Fajã de São João é um importante local de veraneio e continua a produzir vinho, com destaque para o jaquê, aguardente de nêspera, figos e, pasme-se, café. A pequena produção de café ali existente, apesar de não ter significado económico, apresenta a singularidade de fazer da Fajã de São João o local mais a norte onde crescem cafezeiros para produção.

Fajã de São João


Lenda da Fajã de São João
A lenda reporta-se a um acontecimento ocorrido no ano de 1757 na Fajã de São João. Nessa fajã da costa da ilha de São Jorge vivia uma mulher pobre e humilde juntamente com a sua filha. Essa mulher era já bastante idosa e, devido à sua simplicidade, era com frequência alvo da troça dos vizinhos.

Nessa altura vivam-se tempos de dificuldade e o pão de milho era a base de alimentação das populações. O pão era cozido em todas as casas, quase sempre aos sábados de manhã. À tarde limpava-se e enfeitava-se a casa com flores nascidas nos pequenos jardins das moradias, até que tudo ficasse pronto para o domingo, dia de descanso.

A velhinha e a sua filha estavam a pôr o lume ao forno para o aquecer, e a amassar a massa do pão, quando bateram à porta. Como não era costume receber visitas e tinha as mãos enfarinhadas, respondeu de onde estava que abrissem. A velha porta de madeira gasta rodou sobre as dobradiças de ferro e na ombreira apareceu ema formosa senhora vestida de branco que a idosa não conhecia. No entanto, disse com boa educação: "Entrai, vinde para junto do meu lar, gosto de dar a todos do pouco que Deus me deu'.

A senhora vestida de um branco imaculado deu apenas um passo casa dentro e respondeu á idosa: "Não me posso demorar, ide dizer a toda a gente da fajã que fuja deste lugar e vá para a serra antes de chagar a noite. Um caso estranho vai dar-se em breve". Assim a idosa deixou o seu trabalho e foi de porta em porta, chamando as pessoas e dizendo a todos que fugissem de suas casas e da fajã, porque ia dar-se um acontecimento terrível.

A população troçou dela, ninguém acreditando na profecia. Mas a idosa pôs-se imediatamente a caminho da serra, acompanhada apenas pela filha. Durante toda a longa caminhada a subir pelas estreitas veredas das arribas, a velhota que acreditara na Senhora de Branco pensava que as pessoas, por serem incrédulas, tinham ficado em perigo na Fajã de São João.

Foi então que por volta da meia-noite a terra começou a tremer, o mar uivava ao longe com um som sinistro, bramia de encontro aos rochedos. Teve início um grande terramoto, as encostas das montanhas e das altas falésias desabavam. Rochas enormes rolavam para a fajã, indo umas para ao mar, outras sobre as casas e os seus moradores, destruindo os terrenos cultivados na sua passagem veloz. Ao longe ouvia-se os gritos das pessoas que se misturava com o bramir da terra, com o barulho das rochas e o vibrar do mar.

Quando o Sol raiou pela manhã e começou a iluminar as cercanias da Fajã de São João, a velha encontrou uma enorme destruição. Assistiu ainda aos últimos gritos das pessoas que aos poucos se foram transformando em murmúrios até se extinguirem por completo. Daí para a frente os poucos sobreviventes passaram a dizer que a velhinha tinha feito uma profecia porque tinha falado com a Virgem Santa Maria e que, por ter tido fé, se tinha salvo e à filha.

Mais receitas deliciosas


Receita de Bolo/pudim de Coco com Leite Condensado

Ingredientes:
200 gr de côco ralado(s)
6 ovos
2 lata(s) de leite condensado
1 colher(es) (café) de sal
1 colher(es) (sopa) de licor de cacau
Preparação:
Bata muito bem os ovos, misture o coco, depois acrescente o leite condensado, o sal, e o licor, coloque em uma forma untada e povilhada. Leve ao forno a 200graus cerca de 50 minutos, ou quando estiver bem dourado

Receita de Bolo de maçã com Leite Condensado

Ingredientes:
2 xícara(s) (chá) de açúcar
2 unidade(s) de maçã em fatias
Massa :
4 unidade(s) de ovo
4 colher(es) (sopa) de açúcar
5 colher(es) (sopa) de farinha de trigo
1 colher(es) (chá) de fermento químico em pó
Cobertura:
1 lata(s) de leite condensado
200 ml de leite
3 unidade(s) de ovo

Preparação:
Calda :
Espalhe as fatias de maçã sobre uma fôrma redonda (26 cm de diâmetro). Faça a calda de caramelo com o açúcar, e despeje sobre as maçãs. Reserve.
Massa:
Bata as claras em neve, junte o açúcar aos poucos, as gemas, até ficar homogéneo. Misture levemente a farinha peneirada com o fermento.
Cobertura:
Bata no liquidificador a lata de leite condensado junto com a medida de leite e três ovos. Reserve.

Despeje a massa do pudim sobre as maçãs e espalhe levemente e aos poucos a cobertura, para que as massas não se misturem. Asse em forno quente (200ºC), em banho-maria, por aproximadamente 40 minutos. Desenforme depois de frio e leve ao frigorifico.

Bróculos gratinados

Cozer em água a ferver com sal os broculos durante 5 minutos. Escorra e coloque-os num pirex que possa ir ao forno.
Num tacho colocar 300ml de natas, sumo de 1 limão pequeno, pimenta branca a gosto e um pouco de sal, deixar levantar fervura durante cerca de 10 minutos, mechendo para não queimar.
Deite este preparado por cima dos bróculos e polvilhe com queijo ralado. Levar ao forno cerca de 20 minutos ou até começar a alourar.
Nota: este prato pode ser feito com outros legumes, e fica muito bem para acompanhar carne ou peixe assado.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Fajã - Caldeira Santo Cristo



Caldeira Santo Cristo
Esta fajã, é na minha opinião uma das mais bonitas e sem duvida a mais famosa fajã da ilha de São Jorge. Foi 1984 classificada como Reserva Natural, pelo Governo Regional dos Açores, especialmente por causa da existência de amêijoas na sua lagoa.
Mais tarde foi classificada como sítio de importância internacional ao abrigo da Convenção de RAMSAR, relativa às Zonas Húmidas de Importância Internacional como Habitat de Aves Aquáticas, graças à sua lagoa.
A bela ermida, desta fajã, cujo Patrono é o Senhor Santo Cristo, é um local de culto onde vão devotos de toda a ilha. Vão para o pagamento de promessas e pedidos de graças. A festa do Padroeiro da ermida é no primeiro Domingo de Setembro.
A população da ilha, muitos turistas e surfistas deslocam-se até aqui, tanto pelo caminho da fajã dos Cubres, como pelo atalho da Caldeira de Cima que começa a grande altitude, na Serra do Topo e tem vistas de cortar a respiração.
Esta fajá é um dos locais mais recônditos da ilha de São Jorge e graças à ondulação aqui existente e ao extraordinário envolvimento paisagístico, a Fajã de Santo Cristo é considerada um santuário do Bodyboard e Surf, sendo procurada por praticantes da modalidade vindos de todo o mundo.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Musicoterapia - A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA DURANTE A GRAVIDEZ


O que é Musicoterapia?
A Musicoterapia é uma ciência paramédica que utiliza a música e os seus elementos (Som, Ritmo, Melodia, Harmonia) através do canto, movimentos, expressão corporal,dança, etc., a fim de atender às necessidades físicas, mentais, sociais e cognitivas; e, desenvolver potenciais e/ou restaurar funções de
optimização intra e/ou interpessoal, melhor qualidade de vida, através da prevenção, reabilitação ou tratamento (Federação Mundial de Musicoterapia, 1996).

A música e o som afectam a atividade muscular, a respiração, a tensão arterial e o metabolismo, e desempenham função de apoio ao processo de mudança dos indivíduos.
A música começa a ser usada durante a gravidez, para aumentar a proximidade entre mãe e filho, tranqüilizar e ajudar a manter uma gravidez muito mais saudável.
A música , usada durante a gestação, permite a troca de elementos emocionais entre mãe e bebê . Isto contribui para o bem estar de ambos, e também ajuda no desenvolvimento físico e mental do feto.
A natureza é perfeita : Os sons externos começam a ser ouvidos pelos bebés a partir da 16.ª semana. A audição é o primeiro sentido a despertar. A partir da 20.ª semana começa a reagir aos sons e na 25.ª já reconhece as diferenças entre eles.
O uso da música na gestação possibilita uma relação mais positiva da futura mamãe com sua imagem corporal, uma melhor aceitação e vivência da gestação, um contato mais intenso com o feto e um parto mais tranqüilo.
O uso da música no trabalho de parto e parto, diminui a percepção das contrações, acalma ... A frequencia cardiaca diminui, o pulso , a pressão sanguinea e o Tônus muscular também.

O que ouvir?
A criança começa a aprender ainda no útero da mãe, e então , procure músicas que realmente lhe toque, lhe traga sentimentos. Tem que haver harmonia , tem que ter troca de sentimentos entre pais e bébe. Escolha musicas instrumentais, com sons da natureza ou clássicas... Logo que não sejam demasiado agressivas qualquer aposta é valida... aos poucos vai perceber também as preferencias do seu bébe.

Mais Receitas


ESPARGUETE Á CARBONARA Á MINHA MODA
250 Gr de Esparguete mal cozido em água, sal e um pouco de azeite
100 gr queijo Emmental
100gr queijo de S. Jorge ralado
100gr queijo Illha Azul picado em pequenos cubos
100gr bacom fatiado, cortado ás tiras finas
100 gr mistura de cogumelos congelados
mistura de 5 pimentas moidas qb
oregãos qb
sal qb
1 dente de alho picado
meia cebola picada miuda
200ml natas
PREPARAÇÃO
Refogar ligeiramente em azeite o alho, a cebola, juntar o bacom e deixar alourar, depois adicionar os cogumelos, colocar os temperos e deixar apurar em lume brando cerca de 15 minutos. depois adicionar as natas e os queijos. Misturar tudo lentamente até se formar um creme homogéneo, regar com sumo de meio limão, e adicionar de seguida o esparguete... deixar ferver uns minutos mechendo sempre para envolver bem a massa e não pegar ao tacho. Servir bem quente acompanhado de salada de alface

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Polvo Assado no Forno à Moda dos Açores


Polvo Assado no Forno à Moda dos Açores


Ingredientes:

1,5 kg de polvo grado
1 colher de chá de colorau
1 copo de vinho tinto ou dos Açores
1/2 copo de água
1 cebola grande picada
2 dentes de alho
sal e pimenta q.b.
1 malagueta
1 dl de azeite
3 colheres de sopa de margarina
1,5 kg de batata média
Confecção:

Amanhe o polvo e lave-o muito bem.
Depois de sovado, volte a lavá-lo e separe-lhe os tentáculos inteiros.
Num tacho, leve ao lume a refogar o azeite, a cebola e os alhos picados, vá mexendo uma vez por outra e, quando começarem a alourar, junte o colorau, mexa, rapidamente adicione a agua e o vinho e a malagueta, junte-lhe o polvo aos raios se forem grandes.
Deixe cozer o polvo quando vir que está cozido junte as batatas inteiras com um golpe e deixe coser.
Mexa sempre para não pegar no fundo do tacho.
Quando vir que as batatas estão ao seu gosto, retire do lume e deito num tabuleiro que possa ir ao forno.
Deite a margarina no tabuleiro por cima do polvo.
Vai ao forno para alourar o polvo e as batatas.
Sirva acompanhado de fatias de pão caseiro
( BOM APETITE ).

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Fajãs de S Jorge


Fajã dos Vimes

Esta bela fajã fica na costa Sul da ilha de São Jorge, entre a fajã da Fonte do Nicolau e a Fajã da Fragueira, pertence à freguesia da Ribeira Seca, Concelho da Calheta (Açores). É famosa pelas chamadas colchas do Tear aqui produzidas feitas e tecidas por artesãs em antigos teares de pedais feitos em madeira.
Uma festa lá realizada muito concorrida é a que se celebra no dia do Corpo de Deus, quando pessoas de toda a ilha descem à fajã para comerem peixe frito, lapa, inhame e batata que, regados com bom vinho, são oferecidos pela população local a todos os visitantes.

Receitas açoreanas


Caldeirada de Porco
Ingredientes:

800 g de carne de porco com alguma gordura

sal

pimenta

4 cebolas médias

8 batatas médias

500 g de tomate maduro

1 pimento vermelho

azeite

1 copo de vinho branco

1 colher de sopa de amnteiga



Preparação:



Corte a carne em pedaço con a grossura de 1 dedo e tempere com sal e pimenta. Descasque as cebolas e as batatas e corte-as em rodelas. Corte igualmente o tomate. Limpe o pimento e corte-o em tiras finas.

Cubra o fundo de uma caçarola de barro com azeite e disponha todos os ingredientes em camadas alternadas.

A última camada deve ser de batata.

Tempere com um pouco mais de azeite, de sal e de pimenta. Tape a caçarola e leve ao lume.

Cozinhe lentamente e, quando as batatas estiverem quase cozidas, regue com o vinho branco e junte a manteiga.

Acabe de cozinhar sem mexer, mas agitando o recipiente várias vezes.

Receitas com queijo de S Jorge


Espaguete com Queijos

Ingredientes:
1 pacote(s) de espaguete cozido(s) "al dente"
10 colher(es) (sopa) de requeijão
5 colher(es) (sopa) de queijo S. Jorge ralado
80 gr de mussarela em cubos pequenos
40 gr de queijo prato (do Faial) em cubos pequenos
1 tablete(s) de caldo de frango
5 dente(s) de alho picado(s)
1 unidade(s) de cebola picada(s)
2 copo(s) de leite
quanto baste de azeite
quanto baste de sal
Preparação:
Frite os alhos picados com a cebola e deixe dourar.
Adicione 1 copo de leite e os queijos até que derretam completamente.
Adicione o caldo de galinha e mais 1 copo de leite.
O Molho precisa ficar consistente.
Coloque o macarrão em uma travessa e despeje o molho por cima.

Receita de Bolo de Côco com Queijo Ralado

Ingredientes:
100 gr de queijo S. Jorge ralado
1 pacote(s) de côco ralado(s)
1 colher(es) (sopa) de margarina
3 unidade(s) de ovo
1/2 litro(s) de leite
2 xícara(s) (chá) de farinha de trigo
3 xícara(s) (chá) de açúcar
1 colher(es) (sopa) de fermento químico em pó
Preparação:
Bata tudo e leve ao forno, em temperatura média, numa forma untada e polvilhada com farinha de trigo.

Receita de Pudim Especial de Queijo

Ingredientes:
5 unidade(s) de ovo
3 copo(s) de leite
9 colher(es) (sopa) de açúcar
5 colher(es) (sopa) de farinha de trigo
1/2 xícara(s) (chá) de queijo ralado
Preparação:
Bata tudo e coloque no forno em banho-maria, forma untada com açucar caramelizado

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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Feliz dia das amigas


Proximo dia 5, seguindo a tradição açoreana, comemora-se o DIA DAS AMIGAS, aqui vai uma mensagem sobre amizade

AMIZADE

Surge bem de mansinho

quando duas pessoas se conhecem

se for fraca ninguém lembra

se duradoura ninguém esquece

pois o verdadeiro amigo nos ajuda a viver

apaga o nosso medo

nos da força e confiança

e com cuidado guarda segredos

na tristeza nos consola

nas horas de frio nos da calor

nos acompanha na boa e na má hora

e na vida nos da amor

com carinho sempre nos ampara

com alguma coisa boa nos faz surpreza

sempre nos livra de enrascada

e está conosco na alegria e na tristeza

domingo, 1 de fevereiro de 2009

DIA DAS AMIGAS


Amigas são aquelas pessoas raras que nos perguntam como estamos e depois ficam à espera da resposta.(E. Cunningham)


o importante não é quantas são mas ... quais são... a todas voces .... UM FELIZ DIA

PENSAMENTO DO DIA


Há pessoas que choram por saberem que as rosas têm espinhos; outras há que sorriem por saberem que os espinhos têm rosas.(Autor desconhecido)

MEDO DO PARTO - Como mudar?!


É uma realidade que toda a dor é uma experiência pessoal que envolve um alto grau de subjectividade e a única pessoa que pode descrevê-la e ser considerada como a autoridade sobre essa sensação é a própria pessoa que a vivencia.
No caso específico da situação de parto e nascimento, a expectativa da vivência da sensação dolorosa está presente durante o período gestacional. A sua inevitabilidade encontra-se associada à história da humanidade, textualmente explicitada nos escritos bíblicos. Na nossa cultura, as dores no parto ainda são vistas como um castigo de Deus a Eva e suas descendentes pelo pecado original: “ Multiplicarei as dores de tua gravidez, será na dor que vais parir os teus filhos” (Génesis, III, 16).
É certo que medo do trabalho de parto e parto são referenciados na literatura, como estando presentes na maioria das gravidezes, incluindo as normais. Apesar das inovações técnicas e da utilização da epidural ser uma realidade em muitas maternidades, o medo da dor e consequente perda de controlo no trabalho de parto e parto continua a ser motivo de angústia para as grávidas, intensificando-se este medo se for um primeiro filho.
Outro aspecto a considerar é o facto de que a aprendizagem sobre a gravidez e o parto é realizada muitas vezes de forma incorrecta e empírica, interiorizada por histórias relatadas de gravidezes e partos complicados, através, sobretudo, da transmissão oral. Sendo assim, na gravidez, a mulher recebe informação sobre a vivência da dor de parto, em especial, tendo como fonte as outras mulheres com quem mantém laços de parentesco ou amizade. A informação é recebida de forma passiva, contendo uma conotação altamente negativa e gerando sentimentos de dúvida, incredulidade, resignação e, sobretudo, de medo (Saito e Gualda, 2002; Davim e Bezerra, 2002; Couto, 2003).
A descrição do comportamento da dor de parto é empregada pelas mulheres para narrar às futuras parturientes a intensidade da sensação dolorosa e como agir para seu alívio, justificando até a adopção de comportamentos que socialmente, em geral, não são aceitáveis pela mulher que experimenta a dor de parto (Saito e Gualda, 2002).
Por parte das grávidas, o medo é um tema frequente nos relatos e surge de diferentes formas: medo da dor; medo de ser incapaz de expulsar o bebé; medo da sua própria morte ou do seu bebé; também, em alguns casos, medo de maus cuidados por parte dos profissionais de saúde. E isso confirma, aliás, as histórias sobre “a dor do parto” que as jovens ouviram fora do hospital, seja de seus parentes e amigos, seja da população em geral.
É no ambiente da sala de dilatação que o medo e o medo da dor se intensificam. A experiência do parto é, assim, modelada por um clima de medo crescente o qual domina a experiência do parto (Kitzinger, 1983; McCallum e Reis, 2006).
Por sua vez, o medo e ansiedade poderão influenciar o funcionamento natural dos músculos uterinos impedindo-os de funcionar normalmente, sendo por esta razão apontados como factores importantes na ocorrência de partos prolongados ou distócicos e sofrimento fetal, em que não se verificam causas mecânicas ou médicas. Lamúrias (2004) refere que quanto mais medo uma pessoa sentir, menos capacidade sobre o corpo terá e para aumentar os níveis de confiança perante uma situação complicada, a solução será estar bem preparada, isto é, se tiver um maior nível de conhecimentos, menos medo sentirá. A mesma autora salienta também que a informação é essencial devendo ser realista.
A presença física do pai, contribui para a redução da ansiedade, do medo, da própria dor nas contracções uterinas e para o aumento da realização pessoal da grávida, (Boback, 1999; Couto, 2003; McCallum e Reis, 2006). Preconiza-se que exista durante a vigilância da gravidez uma abordagem e discussão realista de todos os factores intervenientes, ajudando assim o pai a resolver os problemas de forma mais racional permitindo-lhe um planeamento mais eficaz do acontecimento.
Considero que se existir uma intervenção oportuna por parte dos profissionais, os medos do casal prestes a tornarem-se pais, pode diminuir. Segundo Boback (1999) podem substituir-se fantasias por conhecimentos adquiridos.
O “movimento de humanização da assistência ao parto e ao nascimento” defende a diminuição do uso de técnicas intervencionistas desnecessárias ou danosas no processo de trabalho de parto e parto.
Esta nova visão sobre o trabalho de parto humanizado recomenda: deve-se encorajar a mulher a andar e ter a liberdade para escolher a posição a ser adoptada quando está parindo; deve-se proteger o períneo sempre que possível, não se justificando o uso sistemático de episiotomias; não há justificativas para a ruptura artificial da bolsa amniótica como procedimento de rotina; o recém-nascido saudável deve permanecer com a mãe sempre que possível, estimulando-se a amamentação imediatamente após o nascimento (Davim e Bezerra, 2002; McCallum e Reis, 2006).
Humanizar, é o desenvolvimento de algumas características essenciais ao ser humano : a sensibilidade, o respeito e a solidariedade. E a humanização da enfermagem? Ela dependerá da maneira de relacionar-se e comunicar-se interpessoalmente, partindo de si para com os clientes de uma forma tal que o cliente sinta o calor humano e a aceitação se manifeste através do sentir-se bem com o cuidado. (Davim e Bezerra, 2002).
Interpreto ser fundamental o esclarecimento de todas as dúvidas e um acompanhamento personalizado do trabalho de parto e parto, proporcionando a tranquilidade desejada e ajudando a compreender as emoções e a enfrentar essa fase final da gravidez, sendo fundamental a procura da diminuição dos níveis de ansiedade, medos e angústia associados à dor física de forma a que a mulher/casal adquira o equilíbrio físico e psíquico necessário.
Numa altura em que cada vez mais se fala do parto humanizado, e em que se procura um cuidado mais natural, menos agressivo, com menor interferência nos processos fisiológicos, as medidas não farmacológicas de alivio da dor assumem uma importância fulcral podendo ser utilizadas como alternativas ou complementares às medidas farmacológicas.