sexta-feira, 24 de abril de 2009

FOTOS DO FAIAL



S Jorge ... Paraiso açoreano



FACTORES CONDICIONANTES DA INFERTILIDADE

FACTORES CONDICIONANTES DA INFERTILIDADE
A realização da maternidade é um acontecimento de vida profundamente enraizado na cultura portuguesa sendo um comportamento socialmente esperado. Durante séculos a sociedade organizou-se em torno da reprodução não planeada, os filhos eram uma dádiva e uma mais valia para a sobrevivência familiar.
Actualmente a ciência dispõe de meios que permitem aos casais planear o número de filhos que desejam e quando os querem ter.
Estas novas possibilidades incutiram, particularmente na mulher, a ideia de que na fertilidade tudo se pode controlar.
Inicialmente nenhum casal que pretenda constituir família pondera a hipótese de tal não vir a ser possível pois fazer um filho é um dom natural à condição humana a não ser que existam antecedentes de doenças graves.
Neste contexto, a notícia da impossibilidade de ter filhos é, quase sempre, recebida como uma ferida profunda cuja cicatrização é normalmente muito lenta, ou mesmo impossível de cicatrizar. A impossibilidade de procriar é assim vivida, como uma importante perda de controlo sobre a vida pessoal e pode psicologicamente ser muito doloroso e provocar lesões irreversíveis.
Os problemas de fertilidade afectam muitos casais. Segundo a Organização Mundial de Saúde pelo menos vinte em cada cem casais tem alguma dificuldade em engravidar.
Em termos de percentagem, a infertilidade/esterilidade afecta 15% a 20 % da população na maior parte dos países. Em Portugal cerca de 300 a 500 mil indivíduos em idade fértil experimentam problemas de infertilidade/esterilidade, o que equivale a 10 % a 15 % da população adulta. 90% das causas de infertilidade são físicas, das quais 40% são relacionadas com as mulheres, 40% com os homens e 20% com o casal.
O aumento da infertilidade pode dever-se a inúmeros factores: físicos, psíquicos, sociais e ambientais.
- O adiar da primeira gravidez. A idade média para ter o primeiro filho situa-se actualmente nos 27 anos, sendo assim, um número significativo de mulheres tenta ter filhos numa idade em que o seu potencial fértil tende a diminuir.
A fertilidade e o sucesso do tratamento da infertilidade vão diminuindo com a idade do casal. Quanto mais tarde o casal opte por ter filhos, e for detectado um problema de infertilidade, mais difícil o seu tratamento.
- Difusão dos métodos modernos de contracepção. A possibilidade de recorrer à contracepção permitiu que a mulher se tornasse mais livre, controlando a função reprodutora e consequentemente a sua sexualidade. Médicos e investigadores (1993) chamam a atenção para o facto de que a prática mais generalizada do aborto e a utilização abusiva de certos métodos contraceptivos poderem ser perigosos para uma futura concepção.
- Aumento do stress. O aumento do stress poderá ter repercussões. Segundo diversos autores a função reprodutiva, tanto feminina como masculina, é altamente sensível às situações de stress podendo mesmo ficar comprometida.
- Início precoce da vida sexual e uma maior multiplicidade de parceiros. Estes aspectos contribuem para o aumento dos processos inflamatórios e infecciosos com compromisso da fisiologia reprodutiva.
- Desconhecimento dos processos reprodutivos. A frequência das relações sexuais ou a sua realização apenas ao fim de semana poderá influenciar a fertilidade, uma vez que o coito poderá não coincidir com a ovulação.
Aspectos como a profissão, consumo de álcool, drogas e tabaco bem como a exposição a radiações são também abordados como factores causadores do aumento da infertilidade.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

O Pai

Ser pai começa antes mesmo do bebé nascer. A idealização do bebé que precede o seu nascimento e todos os comportamentos de proximidade e envolvimento com a gestante, quando ocorrem desde o princípio da gravidez, promovem e facilitam a vinculação do pai ao seu filho.
Actualmente, os homens acompanham todo o processo, desde o resultado do teste até ao parto, o que desencadeia no homem uma consciência mais afinada do que é ser pai aproximando-o precocemente do seu filho.
Acontecem quadros surpreendentes com os pais a abraçar os seus bebés, verdadeiramente enternecidos e extasiados; imagens a que nos habituámos a ver nas mulheres!
Ainda que todos estes sinais do tempo se manifestem, os homens sentem-se por vezes injustiçados quanto à vivência do papel de pai; pois a expectativa dos outros é de que seja o sustento da família, assim como cuidar da mulher, quando na realidade ele sente-se pai e quer viver essa experiência, pode confrontar-se com o sentimento de que está subserviente face à mulher, e que está em segundo plano face à vivência da maternidade, podendo retirar-se excluindo-se da sua própria vivência da Paternidade!